Economia

Relação Brasil-China sempre foi unida, afirmam líderes dos dois países

O vice-presidente da China, Wang Qishan, e o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, realizaram a 6ª sessão plenária da Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) de forma virtual, nesta segunda-feira (23)

Wang disse que nos últimos anos, sob a orientação do presidente Xi Jinping e do presidente Bolsonaro, China e Brasil cuidaram dos interesses fundamentais e de longo prazo de cada um, enfrentaram os desafios globais com união e colaboração e criaram uma abertura na cooperação entre economias emergentes.

O comércio bilateral ultrapassou os US$ 100 bilhões no quarto ano consecutivo, e a China permaneceu como o maior parceiro comercial do Brasil por 13 anos seguidos. O Brasil é o maior destino de investimentos chineses na América Latina. Os dois países têm trabalhado juntos para enfrentar epidemias, e tem havido cooperação ativa nos campos da ciência e tecnologia, humanidades e esportes, o que reforçou a amizade entre os dois povos.

Wang disse que, atualmente o mundo entra em um novo período, e a China e o Brasil, como grandes potências de influência global, devem sempre manter a direção correta, comunicar e coordenar estreitamente sobre as principais questões internacionais e regionais. Além disso, devem fortalecer a colaboração no quadro de mecanismos multilaterais para salvaguardar e promover os interesses comuns dos países de mercado emergente e dos países em desenvolvimento.

No próximo mês, os vice-presidentes dos dois países participarão da cúpula do BRICS (grupo de integra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Ambas as partes devem implementar bem os resultados deste alto comitê, preparar-se para a cúpula e trabalhar duro para promover um desenvolvimento próspero, verde e equilibrado para ambos os países e para o mundo.

Mourão destacou que o Brasil e a China respeitam-se mutuamente e têm uma profunda amizade tradicional. O Brasil atribui grande importância à parceria estratégica comercial e abrangente com a China, trabalhando em conjunto com a China para enfrentar desafios comuns como a segurança alimentar e explorar novas oportunidades de transição energética e economia de baixo carbono. As empresas chinesas são bem-vindas para investir mais no Brasil. O mundo atual está cheio de incerteza. O Brasil está disposto a fortalecer a cooperação com a China no âmbito multilateral da ONU, BRICS e G20 e contribuir para a promoção da paz e prosperidade mundiais.

A reunião obteve profundas trocas de pontos de vista sobre o aprofundamento global da cooperação prática entre a China e o Brasil em diversas áreas. Ambos os lados concordaram em um Plano Estratégico 2022-2031 e o Plano Executivo 2022-2026, que estabelece os objetivos e princípios de cooperação para os próximos 10 anos e identificando áreas prioritárias de cooperação e projetos para os próximos 5 anos. Além disso, chegaram a um consenso sobre a otimização do mecanismo do alto comissariado e assinaram o protocolo de revisão do acordo para evitar a dupla tributação e o protocolo de inspeção e quarentena do milho brasileiro para a China.

Após a coletiva de imprensa, Wang e Mourão assinaram a ata da reunião.

 

Tradução: Mei Zhen Li

Fonte: Diário do Povo