O Brasil se tornou um país chave para a expansão global da SHEIN. Os atuais mercados de contribuição de receita da SHEIN são a América do Norte (com os EUA como núcleo), Europa (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Itália) e Oriente Médio (principalmente países árabess). Essas três áreas respondem por mais de 70% da receita da SHEIN.
Olhando para o mundo, além dessas três grandes áreas, existem muitos mercados desenvolvidos e emergentes. Por que Chris Xu escolheu o Brasil? O executivo e fundador da empresa chegou em solo brasileiro em dezembro de 2021 com o objetivo de inspecionar a cadeia de fornecimento de roupas brasileiras, e conhecer e se comunicar com os principais fornecedores de roupas.
Uma das razões é que, outros mercados mais promissores que o Brasil têm um certo bloqueio, como Índia e Indonésia. A Índia tem a segunda maior população do mundo, e seu PIB tem apresentado um rápido crescimento, junto com o poder de compra dos indianos. Porém, o governo indiano baniu dezenas de aplicativos chineses, incluindo a SHEIN, que teve que suspender os negócios na Índia.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, também merece o investimento da SHEIN, sendo o maior mercado do Sudeste Asiático, que é uma região emergente de rápido crescimento. Infelizmente, a nova política das alfândegas indonésias sobre encomendas de entrada fez com que a SHEIN suspendesse esse mercado.
Do ponto de vista da base populacional, o Brasil é o quinto maior mercado do mundo depois da China, Índia, EUA e Indonésia. Nos EUA a SHEIN já concluiu sua implantação, e a Índia e Indonésia estão indisponíveis, enquanto deixa de lado a China por causa da acirrada concorrência. Portanto, o Brasil se tornou a próxima força da SHEIN.
O Brasil não só tem um grande mercado de vendas, mas também uma vantagem na cadeia de suprimentos.
O Brasil é o maior mercado da América Latina. As vendas no varejo online em toda a região da América Latina foram de US$ 85 bilhões em 2021, e deve dobrar até 2025, e Brasil representa 31% do total.
O vestuário responde por grande parte das vendas do varejo online no Brasil, além de livros e eletrônicos, e é a categoria mais importante da Amazon na expansão para o mercado brasileiro. A Wish, que se concentra principalmente na moda, sempre considerou o Brasil como seu principal mercado.
E por último, o mercado brasileiro da SHEIN teve um desempenho forte, mas já encontra desafios.
SHEIN foi baixado 23,8 milhões de vezes no Brasil em 2021, ficando em primeiro lugar no e-commerce de moda. Esse número é muito maior do que outras marcas de moda no Brasil, inclusive a gigante brasileira de roupas Renner, que ficou em segundo lugar em downloads, mas com apenas um terço da SHEIN.
Atualmente, a principal competitividade da SHEIN é o preço. O preço das marcas de roupas locais no Brasil geralmente é de 100 reais, enquanto na SHEIN é de 30 reais.
Junto com essas vantagens, a SHEIN carrega consigo seus problemas, como longo tempo de entrega, cerca de 30 a 45 dias, trocas de produtos problemáticas e canal único.
A empresa e equipe brasileira que a SHEIN preparou é para resolver esses problemas. Uma vez que ela compense essas deficiências, terá um impacto subversivo em outras marcas.
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