A PetroChina intensificou sua transformação digital ao integrar tecnologias como inteligência artificial, computação em nuvem e big data em suas operações. No Campo de Changqing, por exemplo, operadores utilizam uma plataforma em nuvem com Internet das Coisas (IoT) para identificar anomalias de produção em menos de dez segundos.
A estratégia da empresa segue a diretriz da Conferência Central de Trabalho Econômico da China, que defende a modernização de indústrias tradicionais por meio de soluções digitais e sustentáveis. Com mais de três décadas de investimentos em informatização, a empresa considera a digitalização essencial para garantir segurança energética, aumentar a eficiência e avançar na descarbonização.
Durante o 14º Plano Quinquenal, a PetroChina adotou o conceito de “Petróleo Inteligente” como um dos pilares estratégicos da companhia. A abordagem abrange três frentes: fortalecimento da infraestrutura digital, capacitação tecnológica e desenvolvimento de operações inteligentes. O objetivo é ampliar o controle operacional, melhorar a gestão de riscos e aprimorar a tomada de decisões.
Comitês e plataformas centralizadas estruturam transformação digital
Para executar a estratégia, a empresa criou comitês de liderança focados na digitalização e reengenharia de processos, elevou a digitalização ao setor estratégico emergente e lançou o programa “PetroChina Inteligente”. Com isso, construiu plataformas centralizadas de gestão, transformou refinarias e campos em operações inteligentes e intensificou o uso de inteligência artificial.
Em parceria com a China Mobile e a Huawei, a PetroChina lançou em 2024 o modelo de linguagem Kunlun, com 33 bilhões de parâmetros, voltado para os setores de energia e química. Atualmente, o modelo alcança 300 bilhões de parâmetros e já foi aplicado em mais de 100 cenários. A tecnologia apoia desde a interpretação sísmica até o refino de petróleo e gás.
Segundo Gong Renbin, especialista da Academia de Exploração e Desenvolvimento da PetroChina, o modelo de interpretação sísmica com base no Kunlun foi testado em mais de 20 campos, incluindo unidades no Brasil. A eficiência da interpretação aumentou nove vezes.
A aplicação da tecnologia se espalha por diferentes unidades da PetroChina:
- No Campo de Tarim, o centro de operações inteligentes integra 25 sistemas, gera alertas automáticos e ampliou em 50% a resposta a emergências;
- Na BGP (Bureau of Geophysical Prospecting), softwares automatizaram a gestão de dados sísmicos, com ganho de 80% na eficiência e precisão total nas operações;
- Na refinaria de Guangdong, gêmeos digitais e otimização de processos reduziram em 9% o consumo energético por unidade;
- Na unidade de Dushanzi, algoritmos de IA ajustam automaticamente temperatura, pressão e proporção de materiais, operando em modo autônomo;
- No setor de vendas, a plataforma 3.0 monitora mais de 20 mil postos e 60 mil carregadores de veículos elétricos.
Fonte: stdaily.com
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