A China vai sediar a Cúpula Global das Mulheres em Pequim nos dias 13 e 14 de outubro de 2025. O evento reunirá líderes internacionais, representantes da ONU e organizações civis para discutir políticas de igualdade de gênero, participação econômica feminina e desenvolvimento sustentável.
O presidente Xi Jinping irá abrir a cúpula com um discurso sobre o papel das mulheres no progresso social e econômico, reforçando seu discurso de que “sem o progresso das mulheres, não há progresso da humanidade”. A edição de 2025 marca a retomada da liderança chinesa no debate global sobre direitos femininos, dez anos após Xi presidir a cúpula da ONU em Nova York, em 2015.
A trajetória da igualdade de gênero na China combina avanços legais e participação social crescente. Entre 1995 e 2024, 189 países implementaram cerca de 1.500 reformas legais em prol da igualdade de gênero. Na China, a Lei de Proteção dos Direitos e Interesses das Mulheres, revisada em 2022, passou a considerar necessidades específicas no planejamento urbano e infraestrutura, incluindo banheiros públicos e salas de amamentação.
Exemplos concretos incluem a atuação de Yang Shuting, cadeirante premiada como “Mulher Exemplar de 2025”, que criou cooperativas de geração de renda para mulheres. Internacionalmente, iniciativas como o movimento Cinturão Verde, fundado por Wangari Maathai, beneficiam mulheres em mais de 30 países africanos, promovendo emprego e engajamento ambiental.
O desenvolvimento feminino está ligado diretamente ao crescimento econômico. Segundo o Banco Mundial, a equiparação da taxa de emprego entre homens e mulheres poderia aumentar o PIB global em 20%. A eliminação da desigualdade digital de gênero poderia tirar 30 milhões de pessoas da pobreza até 2050 e gerar US$1,5 trilhões à economia mundial. Na China, em 2024, 64,5% das mulheres de 25 a 54 anos participavam da força de trabalho, e a matrícula feminina no ensino superior atingiu 37%.
Participação global e direitos humanos
Em 2024, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, por consenso, uma resolução proposta pela China reafirmando os princípios da Declaração de Pequim. O documento, copatrocinado por mais de 110 países, reforça o compromisso global com o empoderamento feminino.
A ONU Mulheres lançou em 2025 a Agenda de Ação Pequim+30, que propõe fortalecer o multilateralismo e ampliar a cooperação internacional para reduzir desigualdades estruturais.
Fonte: gmw.cn
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