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Masayoshi Son renuncia ao conselho de administração da Alibaba

“Como ‘diretor’, ‘me graduei’ da Alibaba”, disse Masayoshi Son, CEO do SoftBank Group, anunciou na conferência anual da SoftBank, ocorrida no dia 25 de junho, que renunciaria a sua posição no conselho de diretores da Alibaba. No dia 18 de maio, o SoftBank Group já havia anunciado que Jack Ma renunciaria ao cargo de diretor. Coincidentemente, o prazo de seu mandato também era 25 de junho. Isso significa que, no dia 25 de junho, Masayoshi Son e Jack Ma, que são sócios há 21 anos, se retiraram do conselho de administração um do outro.

Segundo a mídia chinesa, Masayoshi Son disse na assembléia geral que sua saída não difere da renúncia de Jack Ma ao SoftBank Group, e que não envolve nenhuma divergência ou disputa entre os dois.

Por 21 anos, o relacionamento entre Jack Ma e Masayoshi Son foi descrito como uma de “parceria de alma”. Os dois se ajudaram a alcançar grande sucesso. Com o apoio da SoftBank, a Alibaba passou de uma startup para uma empresa com um valor de mercado superior a US$ 600 bilhões (R$ 3,26 trilhões). Masayoshi Son também obteve grandes lucros com o sucesso da Alibaba.

Tudo começou com o investimento de US$ 20 milhões da Softbank na Alibaba em 2000, e o posterior investimento de mais US$ 40 milhões em 2004, tornando a SoftBank responsável por mais de 28% das ações da Alibaba. Em outubro de 2005, Masayoshi Son tornou-se diretor da Alibaba, com a Softbank anunciando, em maio de 2007, que Jack Ma foi convidado a se tornar o 10º diretor do Grupo SoftBank. Jack Ma atuou no conselho de diretores da SoftBank por 13 anos e Masayoshi Son atuou no conselho da Alibaba por 15 anos.

De acordo com relatórios financeiros da SoftBank, a empresa sofreu um prejuízo líquido anual de JPY 961,5 bilhões (R$ 48,1 bilhões) no ano fiscal de 2019 (que foi de abril de 2019 a março de 2020), devido à significativa depreciação de seus investimentos no WeWork e Uber, em comparação com o lucro de JPY 1,4 trilhão (R​​$ 70 bilhões) do ano passado. Foi, até agora, a maior perda desde o início dos negócios em 1981 e a primeira perda dos últimos 15 anos após 2004.

Para captar recursos, a SoftBank também procura vender suas ações da T-Mobile, pelo valor de US$ 20 bilhões (R$ 108,78 bilhões), que é a terceira maior empresa de comunicações dos Estados Unidos, com um valor de mercado superior a US$ 125 bilhões (R$ 679,66 bilhões). Além disso, algumas empresas “unicórnio” de tecnologia investidas pelo SoftBank Vision Fund não foram lucrativas mesmo antes do surto global da pandemia.

Fonte: The Paper

Fonte da foto: Sohu.com