Economia

Integração industrial impulsiona crescimento econômico na região de Beijing-Tianjin-Hebei

Crescimento econômico Beijing
Fonte da imagem: Xie Jianfei/ Xinhua

A colaboração industrial entre Beijing, Tianjin e Hebei está fortalecendo setores estratégicos e impulsionando o crescimento econômico da região. Na fábrica de automóveis da Xiaomi, por exemplo, um novo veículo elétrico sai da linha de produção a cada 76 segundos, refletindo a sinergia entre os três polos: Hebei fornece aço de alta resistência, Tianjin contribui com sensores de precisão, enquanto empresas de Beijing desenvolvem sistemas de inteligência artificial para supervisão da produção.

A estratégia de integração industrial, uma prioridade no desenvolvimento coordenado da região, se baseia em seis cadeias produtivas principais — hidrogênio, biotecnologia e farmacêutica, segurança cibernética e internet industrial, instrumentos de alta precisão e máquinas-ferramentas, veículos de energia nova e conectividade inteligente, além de robótica. Essas cadeias são complementadas por cinco aglomerações de manufatura avançada, consolidando o papel da região como um dos principais polos industriais da China.

Colaboração acelera inovação

O impacto dessa coordenação pode ser visto em casos como o da Langyu Robot, empresa de Tianjin que desenvolveu um robô industrial com capacidade de carga de 600 toneladas. Com o aumento da demanda internacional, a companhia enfrentou dificuldades para atender às exigências técnicas de clientes estrangeiros. A solução veio por meio da rede de cooperação regional, que conectou a empresa a fornecedores estratégicos como Siemens e Schneider, garantindo a produção dentro dos padrões exigidos.

O mapeamento conjunto das cadeias produtivas pelas três províncias tem sido um diferencial para superar desafios tecnológicos e logísticos. Na indústria de hidrogênio, por exemplo, foram identificados 10 gargalos produtivos em 2024, levando à atração de novos investimentos e à instalação de uma empresa estrangeira no distrito de Daxing, em Beijing, fortalecendo a competitividade da cadeia produtiva regional.

Expansão tecnológica e novos mercados

A integração também se reflete no avanço de novas tecnologias. No setor agrícola, a empresa Kexin (Tianjin) desenvolveu um sistema de monitoramento remoto para plantações, aproveitando os incentivos fiscais do Parque Tecnológico Binhai-Zhongguancun, que oferece infraestrutura semelhante à de Beijing, mas com custos operacionais reduzidos.

No setor de veículos elétricos, a cooperação não se limita à produção, mas também ao desenvolvimento de infraestrutura. Em abril de 2024, a rodovia Jingjintang se tornou um corredor de testes para logística autônoma, marcando um novo avanço em conectividade inteligente.

O crescimento da região se reflete nos números: em 11 anos, o PIB combinado de Beijing, Tianjin e Hebei ultrapassou RMB 11 trilhões. Em 2024, uma conferência de negócios entre Beijing e Tianjin resultou em 53 novos projetos, com investimentos acima de RMB 30 bilhões. Já os contratos de transferência de tecnologia de Beijing para Tianjin e Hebei saltaram de RMB 7 bilhões, em 2013, para mais de RMB 84 bilhões.

Fortalecimento da competitividade global

Empresas da região estão expandindo sua influência global. A Phytium Technology, de Tianjin, superou a marca de 10 milhões de unidades vendidas de suas CPUs nacionais, impulsionada pelo suporte tecnológico e financeiro da cooperação regional. No setor de energia renovável, o Grupo Yingli, de Hebei, liderou a elaboração de padrões internacionais para a aplicação de energia solar em construções e estabeleceu parcerias com instituições de pesquisa na Holanda, Singapura e Austrália.

A integração de Beijing, Tianjin e Hebei continua a moldar um dos principais polos industriais da China, combinando inovação tecnológica, desenvolvimento sustentável e expansão global. “O objetivo é consolidar a região como referência em manufatura avançada e um pilar da modernização industrial chinesa”, afirmou Yin Jihui, diretor da Agência de Indústria e Tecnologia de Tianjin.

Fonte: news.cn