O Festival da Primavera de 2025, que neste ano será no dia 29 de janeiro, terá um significado especial para a China. Pela primeira vez, a celebração acontece após ter sido oficialmente reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial, em dezembro de 2024. O comitê destacou o festival por sua ampla diversidade de elementos culturais e rituais únicos que englobam a sociedade chinesa.
A celebração é uma das mais importantes da China e exalta tradições. As cidades e vilarejos se enchem de decorações tradicionais, como lanternas vermelhas e caracteres chineses que simbolizam prosperidade e boa sorte. Ao mesmo tempo, o comércio ganha força, com mercados locais e plataformas digitais oferecendo produtos festivos, alimentos típicos e itens essenciais para a ocasião.
Nas áreas rurais, práticas tradicionais, como a queima de fogos de artifício e as cerimônias de culto aos ancestrais, continuam a desempenhar um papel central. Nas grandes cidades, os fogos de artifício foram controlados para evitar poluição do ar e, com a tecnologia e modernidade, luzes de drones deram lugar às de artifício.
A troca de hóngbāo, ou envelope vermelhos com dinheiro, seguem na tradição, ainda que os envelopes digitais tenham se popularizado. Limpeza da casa, danças do dragão, e comidas típicas com simbolismos de prosperidade como peixe, jiaozi (dumplings chineses), e tangyuan (bolinhos de arroz doce) permancem vivos nos rituais.
O Festival da Primavera não é apenas uma festividade que marca a chega de um novo ano, mas um momento de conexão com tradições milenares e valores familiares. Todos os anos, à medida que o Ano Novo Chinês se aproxima, uma movimentação intensa acontece no país. Durante o “Chunyun”, também conhecido como a Migração da Primavera, milhões de pessoas viajam para reencontrar familiares, lotando estações de trens, rodovias, aeroportos, gerando a maior migração humana já registrada na história.
Além da China, ele também é comemorado por comunidades chinesas em diversas partes do mundo, como em São Paulo, onde acontecem festividades no bairro da Liberdade. Apesar de ser uma data bastante associada à cultura chinesa, outros países asiáticos também festejam o Ano Novo Lunar, como Coreia do Sul e Vietnã.
Crédito: Redação China2Brazil