Dez empresas chinesas listadas no continente europeu emitiram recibos de depósito globais na Europa e no Reino Unido no ano passado, levantando mais de US$3,8 bilhões, depois que a China expandiu seu programa de conexão de ações em Londres para incluir a Suíça e a Alemanha.
Nove delas, incluindo o fornecedor de materiais de baterias, Ningbo Shanshan, abriram seu capital na SIX Swiss Exchange enquanto o fabricante de equipamentos de energia eólica Ming Yang Smart Energy Group entrou na Bolsa de Valores de Londres. Mais de 30 outras empresas estão fazendo fila para fazer o mesmo.
A Europa está atraindo um número crescente de empresas chinesas que buscam financiamento acionário depois que a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários chinesa revisou suas regras em fevereiro do ano passado para abrir um vínculo entre os mercados de capitais chinês e europeu. A Suíça é o destino mais popular.
Foram necessários apenas quatro meses, em média, para que essas 10 empresas passassem da fase de planejamento para a emissão. Isto é menos da metade do tempo necessário para se tornar público na bolsa de Londres nos primeiros dias do esquema de conexão Londres-Shangai de ações em 2019.
Mas após um período de bloqueio de quatro meses, quando um investidor não pode vender suas ações, as cinco primeiras empresas a emitir GDRs na Europa no ano passado disseram todas que o número de suas ações nos mercados europeus diminuiu pela metade. Isso significa que os investidores estrangeiros estão convertendo-as em ações nas bolsas do continente e vendendo-as.
É um comportamento normal de investimento vender os GDRs, disse o analista bancário Wang Jiyue à Yicai Global, acrescentando que as empresas chinesas estão principalmente emitindo ações na Europa para fins de financiamento. À medida que os investidores europeus se tornam mais familiarizados com as empresas chinesas, as listagens de longo prazo nos mercados europeus podem ser possíveis, disse ele.
A eficiência da conexão entre os dois mercados de capital ainda precisa ser melhorada. O Ministério das Finanças da China anunciou em dezembro uma cooperação de auditoria e regulamentação com o Escritório Federal de Auditoria e Supervisão da Suíça.
Fonte: Yicai Global
