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Desfile militar em Pequim reúne arsenal moderno e novos equipamentos inteligentes da China

Desfile militar em Pequim
Fonte da imagem: Xinhua

Em 3 de setembro de 1945, a China declarou vitória na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa, episódio que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial no front asiático. Oitenta anos depois, em 2025, o país realizou um grande desfile militar na Praça Tiananmen, em Pequim, para lembrar o marco histórico e exibir novos equipamentos desenvolvidos pela indústria de defesa nacional.

Preparativos e cerimônia oficial

Ainda na madrugada, blindados e tropas deixaram áreas de treinamento em direção ao centro da capital. Pilotos das três forças, Exército, Marinha e Força Aérea, aguardaram em aeroportos militares a ordem para decolar. O sistema de monitoramento em tempo real acompanhou deslocamentos, rotas e formações, apoiado pelo sistema de navegação por satélite chinês.

Às 9h, salvas de canhão anunciaram o início da cerimônia. Guardas da bandeira nacional marcharam do Monumento aos Heróis do Povo até a Praça Tiananmen. A Banda Militar Conjunta executou músicas associadas à resistência contra o Japão, enquanto um coro juvenil apresentou canções da época da guerra.

O presidente Xi Jinping, secretário-geral do Partido Comunista da China e comandante-chefe do Exército Popular de Libertação, percorreu as formações em veículo aberto, saudou os soldados e destacou o papel das tropas históricas na luta contra a invasão japonesa.

Desfile militar em Pequim
Fonte da imagem: Xinhua

Equipamentos e inovações

O desfile reuniu mais de 10 mil soldados, 80 bandeiras de honra, centenas de veículos e mais de 100 aeronaves. Entre os destaques estavam formações terrestres, navais, aéreas, de informação, antiaéreas, de drones e de ataque estratégico.

Desfile militar em Pequim
Fonte da imagem: Xinhua
Desfile militar em Pequim
Fonte da imagem: Xinhua

Além de caças J-20, bombardeiros H-6 e aviões-tanque Y-20, o evento apresentou novos sistemas não tripulados, incluindo:

  • Veículos para reconhecimento, assalto, remoção de minas e apoio de equipe;
  • Drones de reconhecimento e ataque, helicópteros não tripulados e aeronaves embarcadas;
  • Submarinos e barcos não tripulados;
  • Sistemas de artilharia antimíssil, armas laser de alta energia e armas de micro-ondas.

Segundo analistas militares, a incorporação de equipamentos inteligentes e não tripulados demonstra o avanço da ciência e tecnologia de defesa chinesa e a transformação rápida de conquistas de laboratório em capacidades de combate.

Tecnologia e aplicação civil

O governo chinês associa os avanços militares ao desenvolvimento tecnológico nacional. Desde o início de 2025, o país lançou a iniciativa “Inteligência Artificial Plus”, voltada para integrar IA em setores como transporte, manufatura, saúde, agricultura e finanças.

Dados oficiais mostram:

  • 439 grandes modelos de IA registrados até o primeiro semestre de 2025, cobrindo mais de 30 setores;
  • Vendas de 302 mil robôs industriais em 2024, mantendo a liderança mundial pelo 12º ano seguido;
  • Previsão de crescimento anual de 37,5% no mercado de cães-robôs entre 2025 e 2030, alcançando 5 bilhões de yuans;
  • Mais de 4 milhões de equipamentos de baixa altitude em operação e cerca de 1.400 fabricantes atuando no setor.

Encerramento

O desfile terminou com a equipe de acrobacias Bayi desenhando 14 trilhas coloridas no céu, em referência aos 14 anos da guerra contra o Japão. A Banda Militar Conjunta executou a Marcha da Vitória.

Veteranos participaram da cerimônia. Liu Shiyue, combatente da resistência, declarou: “Queria que meus companheiros caídos vissem nossas tropas, nossas armas, nossos aviões de hoje. Queria que soubessem que nunca mais seremos humilhados.”

Fonte: gmw/ chinanews