Economia

China ultrapassará o limiar de alta renda e o PIB per capita atingirá US$13.700 em 2025

Em 26 de novembro, Liu Yuanchun, Vice-reitor da Universidade Renmin da China, previu na “2020 Sohu Finance Annual Conference” que a China ultrapassará o limiar dos países de alta renda nos próximos cinco anos, com o PIB per capita crescendo de US$ 11.000 no final de 2020 para US$ 13.700 em 2025.

“De acordo com nossas estimativas, o PIB per capita atingirá US$11.000 até o final de 2020. O limiar para a armadilha da renda média (teoria econômica) é de US$ 12.375 que cresce a uma velocidade de cerca de US$ 200 ao ano, o limiar para os países de renda alta será de US$ 13.500 no ano de 2025. Projetamos que nosso PIB per capita em 2025 estará em US$13.700”.

Liu Yuanchun enfatizou que a superação da “armadilha da renda média” é um desafio que a China deve enfrentar. De acordo com a meta estabelecida pela Quinta Sessão Plenária do Comitê Central da China, a taxa de crescimento econômico da China precisa atingir 5,5% em média nos próximos 5 anos, dobrar o PIB per capita nos próximos 15 anos e a taxa de crescimento econômico da China precisa atingir 4,8% em média nos próximos 15 anos.

Para atingir estes objetivos, ele apontou que a economia da China precisa trabalhar em quatro diâmetros: deter tecnologia centrais; fazer reformas institucionais; ser uma nação forte em talentos; quebrar o atual “caos” para criar uma nova plataforma competitiva.

Na conferência foram tratados vários assuntos importantes sobre a futura economia internacional, a seguir são alguns pontos resumidos:

 

  1. Por enquanto, a recuperação da economia mundial levará mais tempo do que o esperado, o problema da estagnação econômica prolongada, em vez de ser resolvido, pode ser exacerbado. Em outras palavras, a economia internacional terá menores taxas de crescimento, taxas de juros mais baixas e menor crescimento do investimento e do comércio, além disso, terá maior endividamento e maior risco de investimento.
  2. A maior dúvida é a economia dos EUA: vai desacelerar nos próximos cinco anos, ou entrará em uma nova rodada de expansão? Atualmente, a opinião do FED (Federal Reserve System) é que os EUA entrarão num período de contínuo descendente econômico nos próximos anos e que o crescimento diminuirá de cerca de 2% no passado, para cerca de 1,5%.
  3. As economias emergentes e os países em desenvolvimento podem continuar a ser o motor de crescimento da economia mundial? A participação das economias emergentes e dos países em desenvolvimento na economia mundial podem continuar a aumentar a partir dos atuais 50%? Existem problemas significativos no momento, e a posição da China neles merece uma pesquisa especial.
  4. O problema da dívida global foi aliviado? A solução para uma eventual crise financeira e econômica é eficaz? De acordo com as últimas estatísticas da Instituição Financeira Internacional (IIF, na sigla em inglês), o montante total da dívida global em outubro atingiu US$ 2,72 milhões; a taxa de endividamento subiu para 365%, o que levou o mundo à uma combinação de dívidas altas e taxas de juros baixas. As mesmas soluções para a crise financeira de 2008 são insuficientes para resolver alguns dos novos problemas.
  5. O progresso tecnológico terá avanços significativos no futuro, levando a economia mundial a uma era de produtividade total dos fatores (PFT) e a sair da estagnação a longo prazo? Estamos vendo um declínio no papel do progresso tecnológico para o crescimento econômico. O paradoxo de Solow ressurgiu, com as taxas de crescimento da PFT caindo drasticamente nas regiões onde o progresso tecnológico é melhor. Nos próximos cinco anos, é difícil esperar que as revoluções tecnológica e industrial conduzam a humanidade para fora do caos e das depressões econômicas atuais.
  6. É possível reverter a taxa de envelhecimento da população? Não há solução para o problema atual do envelhecimento no norte da Europa e no Japão, pelo menos em termos de crescimento econômico, mas o mais importante é que isso leva a uma mudança sistemática na taxa de poupança.
  7. O declínio na taxa de crescimento econômico global, levou a uma mudança qualitativa no padrão de distribuição, tornando o mercado cada vez mais enxuto.
  8. Será que o populismo provocado pela desigualdade de renda será aliviado a curto prazo? O padrão de distribuição de renda entre países mudou drasticamente na última década, a distribuição de renda de 2021 tem um padrão semelhante ao de 1928. A desigualdade de renda levou a um populismo crescente, e a epidemia exacerbou ainda mais a situação.

 

 

Fonte: 21caijing; Sohu Finance