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China tem o maior investimento estrangeiro direto (IED) e investimento direto no exterior (IDE) do mundo em 2020

Em 26 de Abril, a consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) publicou o terceiro relatório da sua série sobre o tema “Drivers of Globalization Transformation and the Belt and Road Initiative in the New Context” analisando a economia internacional e a relação com a China. O relatório traz a informação de que, em 2020, o investimento direto estrangeiro (IED, investimento do exterior) da China foi de US$ 163 bilhões, um aumento anual de 18%, ocupando o primeiro lugar no mundo. O investimento direto no exterior (IDE) foi de US$ 110 bilhões, uma diminuição de 1% anualmente, mas mantendo ainda o primeiro do mundo.

Em relação as Fusões e Aquisições (F&A) de empresas chinesas no exterior e na China, tiveram uma queda significativa. A análise da PwC sugere que as F&A requerem visitas ao local, análises e negociações aprofundados, e que estas ações foram afetadas por restrições de viagem devido a pandemia. No entanto, dado que a China foi o único grande mercado que cresceu em 2020, o IDE permaneceu forte na medida que as multinacionais injetaram capital significativo no mercado chinês para impulsionar os seus negócios globais. Da mesma maneira, o investimento no exterior das empresas chinesas não foram significativamente afetado.

De acordo com o relatório, a China representa aproximadamente 15% do mercado global de fusões e aquisições por volume e valor de negócios, e desempenha um papel cada vez mais importante no mercado global. E o ambiente macro da China e as suas políticas impulsionam e influenciam as tendências de F&A.

Por um lado, a China implementou uma abertura mais ampla e profunda ao mundo exterior para que as empresas estrangeiras possam investir no país. Por outro lado, a assinatura do Acordo de Parceria Econômica Global Regional (RCEP) e a conclusão das negociações sobre o Acordo de Investimento Global China-União Europeia são também razões de importância crucial para o comércio exterior das empresas chinesas.

“A economia global precisa de novos motores devido ao impacto da pandemia nela, e os países afetados precisam urgentemente de investimento externo para ajudar a recuperar as suas economias”, disse o Coordenador dos Serviços Transfronteiriços da China da PwC, Huang Yaohe. “Vemos os próximos 12 a 24 meses como uma janela de oportunidade para as empresas chinesas do continente se expandirem globalmente. Espera-se que as empresas chinesas venham aumentar a sua atividade de F&A no estrangeiro com base em considerações estratégicas de investimento em tecnologia de ponta, marcas de qualidade e mercados estrangeiros, aproveitando o ambiente regulatório relativamente estável e as condições macroeconômicas favoráveis no futuro”.

Em 2020, as empresas chinesas aportaram US$ 17,79 mil milhões em investimentos diretos não financeiros em 58 países da Iniciativa do Cinturão e Rota, um aumento de 18,3% anual e representando 16,2% do total de investimento naquele período.

O relatório argumenta que a Iniciativa do Cinturão e Rota pode impulsionar o crescimento do comércio global através do comércio eletrônico transfronteiriço, e que a sua prioridade máxima é aliviar e remover barreiras ao comércio e ao investimento, aumentando o investimento nos quatro pilares das infraestruturas, transportes, logística, serviços financeiros e tecnologia de telecomunicações.

 

Fonte: 21st Century Business Herald