Em 14 de outubro, o porta-voz do Ministério do Comércio da China (MOFCOM) criticou as novas tarifas e restrições impostas pelos Estados Unidos a produtos chineses. Segundo ele, “os EUA não podem propor negociações e, ao mesmo tempo, recorrer a ameaças ou medidas coercitivas — esse não é o modo correto de lidar com a China”. Pequim pediu que Washington corrija suas ações, demonstre sinceridade e colabore para um diálogo construtivo.
Em resposta a uma pergunta sobre alegações de que a China teria adiado uma conversa telefônica solicitada pelos EUA após o anúncio de controles de exportação sobre terras raras, o MOFCOM afirmou que “tomou nota da situação” e reiterou sua posição. O porta-voz destacou que as medidas de controle seguem a legislação chinesa e têm como objetivo aperfeiçoar o sistema nacional de exportações.
De acordo com o ministério, as restrições não configuram uma proibição. Pedidos que atendam aos requisitos continuarão a ser aprovados, com o objetivo de manter a estabilidade das cadeias globais de produção e fornecimento. Pequim informou que notificou Washington sobre as medidas antes de sua implementação, por meio do mecanismo bilateral de diálogo sobre controle de exportações.
O governo chinês acusou os Estados Unidos de ampliar de forma abusiva o conceito de “segurança nacional” e de aplicar controles de exportação de maneira discriminatória. Desde a reunião econômico-comercial entre os dois países, realizada em Madri, os EUA anunciaram novas restrições que, segundo Pequim, prejudicam os interesses chineses e o ambiente das negociações bilaterais.
Fonte: gmw.cn
Adicionar Comentário