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China prorroga investigação sobre importação de carne bovina

Investigação carne bovina
Fonte da imagem: Rahel Patrasso/ Xinhua

O Ministério do Comércio da China prorrogou, até 26 de novembro de 2025, o prazo da investigação sobre a possível adoção de restrições temporárias à importação de carne bovina. A decisão foi publicada em 27 de dezembro de 2024 por meio do Comunicado nº 60, com base no Regulamento da República Popular da China sobre Medidas de Salvaguarda.

Desde a abertura do processo, o ministério segue os trâmites legais, com envio de questionários, realização de audiências públicas, inspeções presenciais e análise dos documentos apresentados por representantes do setor. A investigação recebeu contribuições de governos, associações e produtores de países exportadores, além de pecuaristas e importadores chineses.

Brasil lidera as exportações para a China

A China consome cerca de 12 milhões de toneladas de carne bovina por ano, sendo aproximadamente 2,5 milhões importadas. O Brasil é o principal fornecedor e em 2024 exportou 1,3 milhão de toneladas ao país asiático, o equivalente a 10% do consumo total chinês. No primeiro semestre de 2025, os frigoríficos brasileiros embarcaram 641,1 mil toneladas, aumento de 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

O valor dessas exportações somou US$ 3,2 bilhões no primeiro semestre de 2025, alta de 28,2% frente ao mesmo intervalo de 2024. O desempenho reforça a importância do mercado chinês para a cadeia exportadora brasileira de proteína animal.

O governo chinês justificou a prorrogação pelo alto volume de informações recebidas e pela complexidade do caso. A investigação segue os parâmetros estabelecidos pela legislação local e pelas normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo o ministério, o processo continuará sendo conduzido conforme a lei e será concluído com base nas evidências reunidas. A China informou que manterá o diálogo com todas as partes envolvidas para preservar a estabilidade do comércio internacional.

Fonte: The Paper