O gigante do setor de energia, China National Offshore Oil Corporation (CNOOC, sigla em inglês), informou ter descoberto o primeiro grande campo de gás em águas profundas do país com reservas comprovadas de mais de 50 bilhões de metros cúbicos.
Baodao 21-1 está localizado em águas a sudoeste da ilha de Hainan a uma profundidade de mais de 1.500 metros, com condições geológicas marinhas extremamente complexas, disse nesta quarta-feira (19) a CNOOC.
A equipe exploratória encontrou uma camada de gás de 113 metros, um recorde para um único poço em águas profundas, e mostrou que o campo tem uma produção diária potencial de 587.000 metros cúbicos de gás natural.
A CNOOC aumentará a exploração e o desenvolvimento do gás natural nas águas ao redor de Hainan e acelerará o ritmo dos empreendimentos em águas profundas, disse Zhou Xinhuai, gerente-geral adjunto da empresa sediada em Pequim.
A Baodao 21-1 está localizada a cerca de 150 quilômetros da Deep Sea No.1, o campo de gás mais profundo desenvolvido independentemente pela China. Esta última forneceu mais de 3 bilhões de metros cúbicos de gás desde que iniciou sua produção em junho do ano passado.
O anúncio da CNOOC veio um dia depois que a Sinopec disse ter descoberto gás de xisto na bacia de Sichuan, no sudoeste da China, com uma produção diária de 258.600 metros cúbicos. Os estratos cambrianos na bacia avaliaram reservas de 387,8 bilhões de metros cúbicos e, como tal, têm um enorme potencial.
A produção de gás natural da China aumentou em mais de 10 bilhões de metros cúbicos por ano nos últimos cinco anos, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, sigla em inglês). Nos primeiros oito meses deste ano, a produção aumentou 5,5% para 143,7 bilhões de metros cúbicos em relação ao ano anterior, mostraram os dados do NBS. É provável que isso atinja 220 bilhões de metros cúbicos este ano, a Administração Nacional de Energia e o Ministério da Terra e dos Recursos Naturais do país previram.
A autossuficiência energética da China continua acima de 80%, e tem tratado efetivamente do impacto da transmissão da volatilidade dos preços internacionais da energia, disse o Ren Jingdong, vice-diretor da Administração Nacional de Energia da China, em uma coletiva de imprensa no dia 17 de outubro.
Fonte: China News