Aconteceu na última sexta-feira (3) o início das celebrações do Festival do Barco do Dragão, um dos quatro festivais tradicionais da China. O festival é uma homenagem ao poeta chinês, Qu Yuan. Em 1953, o Conselho Mundial da Paz listou Qu Yuan como uma das “Quatro Grandes Figuras Culturais do Mundo”, juntamente com Copérnico da Polônia, Rabelais da França e José Martí de Cuba.
Em 2009, o Festival do Barco do Dragão e suas lendas, tendo como conteúdo central a comemoração de Qu Yuan, entraram na “Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial Humano”, marcando que as obras e valores espirituais de Qu Yuan passaram a fazer parte do patrimônio cultural humano.
Explorar a história desse festival é de grande importância para a herança da cultura tradicional chinesa e o intercâmbio de culturas mundiais.
A agência de notícias da China “Dongxiwen” entrevistou recentemente com exclusividade Liu Shilin, ex-diretor do Qu Yuan Memorial Hall na cidade de Miluo, província de Hunan, e diretor da Sociedade Chinesa Qu Yuan, analisou as profundas razões pelas quais Qu Yuan e o Festival do Barco do Dragão se tornaram patrimônio cultural comum da humanidade.
Festival do Barco do Dragão
De acordo com Liu Shilin, ex-diretor do Qu Yuan Memorial Hall na cidade de Miluo, província de Hunan, o Festival do Barco do Dragão é um importante festival tradicional da nação chinesa. Suas origens e lendas variam de acordo com a região e etnia, existindo até dez tipos de lendas diferentes.
As figuras comemoradas ou deuses sacrificados não são os mesmos, mas em geral, são acompanhados pela agricultura e pela crença dos ancestrais chineses no dragão.
A cultura astrológica é na verdade a cultura do dragão chinês, porque os ancestrais acreditavam que o dragão manipulava o vento, a chuva, o trovão e o relâmpago, e para rezar por tempo bom, colheitas abundantes e segurança dos povos e animais, era necessário um sacrifício ao dragão.
Especialmente em torno de 5 de maio do calendário lunar, que não é apenas uma época importante para a produção agrícola, mas também um período de vento forte, chuva, trovões e relâmpagos. Por isso, é naturalmente o melhor dia para ser escolhido para oferecer sacrifícios ao dragão.
Origem do Festival
No Festival do Barco do Dragão em 278 a.C., Qu Yuan se jogou nas margens do Rio Miluo para morrer por seu país. A população local dedicou todas as atividades e costumes do festival a Qu Yuan, ganhando um novo significado.
Os costumes do festival podem ser divididos em originais e derivados após Qu Yuan. O tema original era exorcizar pragas, eliminar o mal e desastres, e curar dragões, fazendo sacrifícios ao dragão como reza pela paz e prosperidade.
Depois de Qu Yuan, o costume mudou para um sustento espiritual. Por exemplo, o barco-dragão, que costumava fazer parte do ritual do sacrifício ao dragão, é usado em corridas como herança da cultura de dispersar os peixes no rio em homenagem a Qu Yuan, na esperança de evitar que os animais comam o corpo do poeta.
Em termos de importância, o Festival do Barco do Dragão perde apenas para o Festival da Primavera. Ela tem uma história de mais de 2.500 anos, é derivado dos costumes sazonais de expelir e afastar espíritos malignos de vários lugares.
Como o Festival é celebrado fora da China
Japão, Coréia do Sul, Vietnã e outros países do Leste e Sudeste Asiático têm o costume de celebrar o Festival do Barco do Dragão, mas há diferenças de detalhes devido às diferentes culturas regionais, mas as raízes estão todas na China.
A cultura do Festival do Barco do Dragão chegar no mundo todo e ser reconhecida por suas culturas inerentes, é seu patriotismo nacional, que não tem fronteiras. Não há diferença de essência entre a cultura chinesa e cultura ocidental, o importante é entender e se comunicar umas com as outras. A cultura do festival é um bom veículo para promover essa compreensão e comunicação.
Além do Festival do Barco do Dragão, o Festival da Primavera também é bem conhecido no mundo todo. Quando o dia do Festival da Primavera, os líderes de muitos países enviam cartas de comemorações aos chineses no exterior, ou até participam diretamente das atividades locais para vivenciar a cultura festiva e pacífica do festival. Sua carta de congratulações é, na verdade, uma expressão de respeito pela cultura chinesa, e mostrar que pode se tornar uma ponte e símbolo de amizade com o Ocidente.
Fonte: 21st Century Business Herald
