O Brasil e a China assinaram, em 14 de outubro, um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Saúde, a biofarmacêutica chinesa Gan & Lee e a Fiocruz (em parceria com a Biomm) para pesquisa, transferência de tecnologia e produção nacional de insulina. A cerimônia ocorreu em Pequim e integra o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS).
O contrato prevê um investimento mínimo de RMB 3 bilhões (cerca de R$2,2 bilhões) ao longo de 10 anos. O objetivo é ampliar o acesso a insulina glargina de ação prolongada no Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência de importações. A produção local deve garantir abastecimento contínuo e fortalecer a capacidade nacional de fabricação de medicamentos essenciais.
O acordo inclui pesquisas e desenvolvimento de medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, produzido naturalmente pelo intestino, que atua na regulação do apetite, da glicose no sangue e da saciedade. Esses fármacos são utilizados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, imitando a ação do hormônio natural.
Segundo o Ministério da Saúde, o acordo também contempla pesquisa e produção local de medicamentos para cânceres, doenças autoimunes, obesidade e diabetes. A primeira etapa prevê o envase e rotulagem no Brasil, utilizando insumo ativo fornecido pela China. Em seguida, a produção do insumo será nacionalizada no Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) da Fiocruz, no Ceará. A previsão inicial é de 20 milhões de frascos para abastecer a rede pública.
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