Colunistas

Brasil avança no uso de germoplasma

Brasil germoplasma
Fonte da imagem: Freepik

No ano de 2024, o Brasil fortaleceu sua posição como um dos líderes globais na conservação e uso de germoplasma, especialmente no que diz respeito ao milho. A preservação de germoplasma, que compreende a conservação de material genético de plantas, tem sido essencial para a agricultura moderna, permitindo o melhoramento genético de culturas e a adaptação às mudanças climáticas. No ano passado, o uso de germoplasma em programas de melhoramento no Brasil, com destaque para o milho, avançou significativamente.

Intercâmbio de germoplasma entre Brasil e China

O intercâmbio de germoplasma é um exemplo notável de cooperação internacional para o desenvolvimento agrícola entre o Brasil e a China. Este assunto ganhou destaque com a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, em novembro de 2024, no qual foi assinado um memorando de entendimento específico na biotecologia com destaque com foco em culturas estratégicas como soja, milho e cana-de-açúcar, utilizando biotecnologia para melhoramento genético e expansão de biopesticidas.

Com a crescente demanda por culturas mais produtivas e resistentes, o papel de instituições como a Embrapa tornou-se ainda mais relevante. A Embrapa e instituições chinesas têm trabalhado juntas para promover a troca de recursos genéticos, particularmente no campo do milho, visando a adaptação de cultivares. Em 2024, o Brasil exportou várias amostras de germoplasma de milho para a China, com o objetivo de apoiar pesquisas em melhoramento genético e contribuir para a segurança alimentar chinesa.

Importação e Exportação de germoplasma

A exportação de germoplasma é uma prática comum realizada pela Embrapa, especialmente por meio de seu Banco Ativo de Germoplasma de Milho (BAG Milho). Essas exportações são cuidadosamente regulamentadas, com os acessos de germoplasma sendo distribuídos conforme as políticas de segurança biológica e os acordos de transferência de material (MTA). Isso garante que os recursos genéticos sejam utilizados de maneira responsável e para fins de pesquisa, conservação e desenvolvimento agrícola.

A China enfrenta desafios semelhantes ao Brasil, como a necessidade de variedades de milho adaptadas a condições de estresse hídrico e resistentes a pragas. As exportações para a China são realizadas conforme as diretrizes internacionais e seguem acordos de transferência de material (MTA) que especificam o uso e os direitos sobre o germoplasma. Estes acordos garantem que o material genético brasileiro seja utilizado exclusivamente para pesquisa e desenvolvimento, promovendo a segurança biológica e protegendo os direitos de propriedade intelectual.

O Brasil também importa germoplasma de milho da China, que possui uma vasta coleção de variedades de milho. Essas variedades são de grande interesse para o Brasil, onde as condições de cultivo variam significativamente entre regiões. A importação de germoplasma chinês permite à Embrapa incorporar novas características genéticas em seus programas de melhoramento, incluindo resistência a estresses ambientais e novas pragas, contribuindo para a resiliência das cultivares brasileiras.

Crédito: João Luiz