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Indústria automotiva global depende cada vez mais da China, afirma instituto alemão

Indústria automotiva global
Imagem: Li Jianan/ Xinhua

O mercado global de carros de passeio deve alcançar um novo recorde em 2025, com 81,3 milhões de unidades vendidas, e terá sua trajetória cada vez mais ligada à China, segundo relatório do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR), da Alemanha, divulgado nesta segunda-feira (15) .

De acordo com o estudo, esse volume representa o maior nível de vendas em oito anos. A China concentra parte relevante da produção e da demanda e sustenta o crescimento global do setor, apoiada por uma cadeia de suprimentos integrada e por ganhos de escala.

O diretor do CAR, Ferdinand Dudenhoeffer, afirma que o tamanho do mercado chinês e os avanços em baterias, veículos de nova energia e tecnologias de direção autônoma influenciam diretamente a indústria automotiva mundial. “Quem não está na China não participa do setor automotivo”, disse o pesquisador, citado no relatório.

Entre os 15 maiores mercados do mundo, China, Estados Unidos, Índia e Turquia devem registrar crescimento superior a 4% nas vendas de carros de passeio em 2025. Em sentido oposto, os principais mercados europeus devem avançar menos. A Alemanha deve crescer 0,7%, enquanto França e Itália devem recuar 4,8% e 2,6%, respectivamente.

Para 2026, o CAR projeta alta de 2,6% nas vendas globais, que devem alcançar 83,4 milhões de unidades. A Ásia deve crescer acima da média mundial, com expansão estimada em 3,8%, impulsionada pela maior participação da China na produção e nas vendas.

Segundo Dudenhoeffer, a Ásia já lidera a indústria automotiva global, com a China à frente desse movimento. Em 2025, mais de 60% da produção mundial de carros de passeio ocorreu no continente asiático, enquanto a Europa respondeu por cerca de 15%.

O relatório indica que a Alemanha e outros produtores europeus devem perder participação adicional em 2026. O estudo atribui esse movimento ao aumento da concorrência global e aos efeitos das políticas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, que pressionam a competitividade das montadoras europeias.

Fonte: Xinhua