O Banco Central da China (PBoC) realizou em 5 de setembro uma operação de recompra reversa compromissada no valor de RMB 1 trilhão, com prazo de 91 dias. A medida foi executada por leilão de quantidade fixa e múltiplas taxas de juros.
De acordo com a provedora financeira Wind Information, no mesmo dia venceu uma recompra reversa de mesmo valor e prazo, o que caracterizou uma renovação integral da operação. Além disso, em setembro vencem outros RMB 300 bilhões em operações de recompra reversa de seis meses.
Segundo Wang Qing, economista-chefe da Golden Credit Rating International, o mês concentra forte pressão sobre a liquidez. Ele destacou que a emissão de títulos públicos continuará elevada e que os certificados de depósito interbancários que vencem em setembro somam RMB 3,5 trilhões, o segundo maior volume do ano. Paralelamente, a recuperação do mercado acionário tem incentivado a migração de depósitos de residentes, movimento que reduz a base de captação bancária.
Nesse cenário, Wang prevê que o Banco Central manterá a estratégia de reforçar a rolagem das operações de recompra reversa de três meses, como fez nos últimos três meses. O economista acrescentou que também vencem em setembro RMB 300 bilhões em operações de MLF (Medium-term Lending Facility), que devem ser renovadas com volume ampliado.
“Isso significa que, neste mês, o Banco Central deve usar de forma combinada o MLF e as recompras reversas para injetar liquidez de médio prazo no mercado”, afirmou Wang. Segundo ele, essa combinação tende a estabilizar as expectativas, sustentar a emissão de títulos públicos e indicar a continuidade do uso de instrumentos quantitativos na política monetária.
Fonte: chinanews.com.cn
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