Sete órgãos do governo central da China emitiram recentemente um comunicado conjunto com 12 medidas voltadas a incentivar o reinvestimento de empresas com capital estrangeiro no país. A iniciativa busca ampliar a entrada e retenção desses recursos, aumentar a eficiência do processo e melhorar a qualidade do investimento.
O documento, intitulado “Comunicado sobre a Implementação de Algumas Medidas para Incentivar o Reinvestimento de Empresas com Investimento Estrangeiro no Território Chinês”, foi assinado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), Ministério das Finanças, Ministério dos Recursos Naturais, Ministério do Comércio, Banco Popular da China, Administração Estatal de Tributação e Administração Estatal de Câmbio.
As diretrizes abrangem a simplificação de trâmites para abertura de novas empresas por meio de reinvestimento, facilitação no uso de moeda estrangeira, ampliação dos canais de financiamento e revisão nos produtos e serviços financeiros oferecidos. Além disso, propõem ajustes na política fundiária e maior integração entre os órgãos para compartilhamento de dados e monitoramento das ações.
Segundo a CNDR, a proposta responde às novas demandas do setor, mapeadas por meio de consultas a especialistas e pesquisas locais. O órgão também afirmou que vai coordenar ações com governos locais, estimular a formulação de planos regionais e acompanhar a implementação das medidas.
A vice-diretora do Departamento de Investimento Estrangeiro da CNDR, Jing Qin, informou que a força-tarefa para grandes projetos estrangeiros continuará atuando e que um novo lote de projetos será anunciado. Entre as ações previstas estão a abertura de canais preferenciais para iniciativas com perfil estratégico e a publicação de uma nova edição do Catálogo de Indústrias com Investimento Estrangeiro Incentivado, com foco em setores como manufatura avançada, serviços modernos, alta tecnologia e sustentabilidade. As regiões central, ocidental e nordeste do país também receberão prioridade.
Especialistas do Instituto de Pesquisa de Economia Externa da Academia de Pesquisa Macroeconômica da China afirmaram que o pacote fortalece a capacidade da China de atrair, manter e qualificar os investimentos estrangeiros. Yuan Shenglong, chefe da Seção Geral do instituto, avaliou que o comunicado contribui para a modernização da política industrial chinesa ao direcionar capital externo para setores de maior valor agregado.
Yuan também destacou que a facilitação do reinvestimento de lucros em moeda estrangeira e a ampliação dos serviços financeiros às multinacionais podem ampliar os fluxos de capital interno e externo. Segundo ele, essas mudanças elevam a previsibilidade e a atratividade do ambiente de negócios para o investidor estrangeiro.
O comunicado se alinha às diretrizes do relatório de trabalho do governo chinês de 2025 e às decisões do Comitê Central do Partido Comunista, que têm enfatizado a necessidade de expandir a abertura econômica do país.
Fonte: stdaily.com
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