Entre os dias 15 e 17 de julho, o Rio de Janeiro sediou o Fórum de Alto Nível dos Think Tanks e Mídias dos BRICS. Durante o encontro, realizado com a presença de representantes de 36 países, foi apresentada a “Iniciativa de Cooperação e Desenvolvimento em Inteligência Artificial dos Laboratórios de Ideias e Mídias dos BRICS”, com foco no uso conjunto da tecnologia por países do Sul Global.
O documento, divulgado em 16 de julho, propõe que os membros do grupo atuem de forma coordenada no desenvolvimento da inteligência artificial, com base em princípios como igualdade, abertura e colaboração. O objetivo é aplicar a tecnologia à produção jornalística e à pesquisa estratégica, respeitando as particularidades regionais.
Mais de 250 representantes de mídias, think tanks, governos, empresas e organizações multilaterais participaram dos debates, que abordaram temas como a formulação de normas técnicas, governança de IA e cooperação internacional. A pauta central do fórum foi “Construindo juntos o futuro dos BRICS, escrevendo um novo capítulo para o Sul Global”.
Entre os principais consensos firmados na iniciativa, estão:
- Unificar esforços para definir um novo modelo de comunicação internacional;
- Estabelecer um ecossistema colaborativo entre indústrias do setor;
- Criar sistemas compartilhados de produção e disseminação de conhecimento com apoio da inteligência artificial.
Os participantes ressaltaram que, embora a IA represente oportunidades para a digitalização do Sul Global, também impõe riscos relacionados à concentração de tecnologia e controle de dados. Nesse cenário, os BRICS defendem uma agenda comum com foco em pesquisa conjunta, definição de padrões e governança compartilhada.
A iniciativa pretende fortalecer a articulação entre mídias e think tanks dos países-membros, com o objetivo de ampliar a cooperação informacional e construir narrativas próprias, alinhadas às prioridades do Sul Global. O grupo propõe que essa coordenação seja a base para ampliar o acesso equitativo aos benefícios da inteligência artificial e influenciar a reconfiguração da ordem internacional.
Fonte: news.china.com.cn
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