A China lançou, em 15 de julho, a espaçonave de carga Tianzhou-9 a partir do centro espacial de Wenchang. O foguete Longa Marcha-7 Y10 levou a nave ao espaço, que se acoplou automaticamente ao módulo central Tianhe da estação espacial chinesa às 8h52.
Desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia Espacial da China (CAST), subordinado à Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), a série Tianzhou transporta suprimentos, propelente e resíduos da estação, que são eliminados na reentrada atmosférica. A Tianzhou-9 é a quarta nave da série fabricada para a fase de aplicação e desenvolvimento da estação e fornecerá recursos para as missões tripuladas Shenzhou-20 e Shenzhou-21.
Tianzhou-9 leva 6,5 toneladas de carga e estabelece novo recorde
A missão transportou cerca de 6,5 toneladas de carga, incluindo alimentos, propelente e equipamentos científicos, a maior carga útil já levada por uma nave logística da estação.
Entre os itens embarcados, estão duas novas roupas extraveiculares. De acordo com o Centro de Pesquisa e Treinamento de Astronautas da China, os trajes passaram por atualizações que aumentam sua durabilidade de três para quatro anos ou de 15 para 20 caminhadas espaciais.
O cardápio dos astronautas também foi expandido. A missão levou aproximadamente 30 novos pratos, totalizando mais de 190 tipos de alimentos, o que estende o ciclo alimentar de sete para dez dias. Novos equipamentos de exercícios e materiais para pesquisas em medicina espacial também foram incluídos.
Missão leva quase 800 kg de material científico
A Tianzhou-9 carregou 776,5 kg de materiais para 23 experimentos científicos, em áreas como biotecnologia, ciência de materiais, física de fluidos e combustão em microgravidade. A carga também incluiu dois dispositivos voltados para testes de tecnologias espaciais que visam melhorar a eficiência das futuras missões.
Novo padrão de acoplamento em 3 horas
A nave completou o acoplamento com a estação em três horas, repetindo o padrão das missões Tianzhou-7 e Tianzhou-8. Esse novo método substitui o modelo anterior de 6,5 horas e oferece uma alternativa técnica mais estável do que a acoplagem ultrarrápida de duas horas, exigindo menos dos sistemas de orientação e controle.
Durante a manobra, a Tianzhou-9 enfrentou dois desafios inéditos: realizou o acoplamento em nova altitude orbital e sob ângulo solar diferente dos anteriores. Para reduzir os riscos, a equipe executou simulações e análises de dados para validar a robustez dos sistemas em condições variáveis.
Nave permanece em prontidão para emergências
A equipe finalizou a Tianzhou-9 antes mesmo do lançamento da Tianzhou-8. A nave permaneceu em prontidão por três meses, com capacidade de lançamento emergencial. A próxima nave da série também já está pronta como reserva. A estratégia busca garantir resposta rápida e ampliar a segurança operacional da estação espacial chinesa.
Fonte: stdaily.com
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