O Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China anunciou a conclusão da maior rede de monitoramento de radiação ambiental do mundo. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa pelo diretor do Departamento de Supervisão de Segurança de Instalações Nucleares, Li Zhiguo.
Segundo o ministério, o sistema nacional possui três frentes principais: a rede de monitoramento da qualidade ambiental da radiação, o monitoramento ao redor de instalações nucleares e a rede voltada para emergências nucleares e radiológicas.
A rede de monitoramento da qualidade ambiental reúne 1.835 pontos de medição. Esses pontos cobrem todas as cidades de nível municipal e superior, fronteiras, áreas próximas a usinas nucleares e outras regiões consideradas estratégicas. Cada província também mantém redes locais com mais pontos de controle.
Ao redor das instalações nucleares, a China instalou um sistema de monitoramento supervisionado. São mais de cem pontos distribuídos em faixas de 5 km, 10 km, 15 km e áreas mais distantes. Esses pontos incluem estações automáticas e locais de coleta de amostras de ar, água e solo.
De acordo com Li Zhiguo, a taxa de aquisição de dados em tempo real ultrapassa 97%. Os dados mostram que a qualidade do ambiente radiológico na China se mantém estável. Em comparação com os levantamentos sobre radiação natural feitos nos anos 1980, os níveis ao redor das instalações nucleares não apresentaram alterações relevantes.
Atualmente, a China continental opera 58 reatores nucleares licenciados, constrói outros 31 e já aprovou 13 para futuras obras. No total, o país chegará a 102 reatores, com capacidade instalada de 113 milhões de kW, a maior do mundo.
O diretor atribuiu o desempenho da segurança nuclear à supervisão rigorosa e ao desenvolvimento tecnológico. A China investe na ampliação de centros técnicos, como a Base Nacional de Pesquisa em Tecnologia de Supervisão Nuclear e Radiológica e o Laboratório Changbai. Segundo Li, o país ampliou sua capacidade de avaliação técnica, validação experimental e verificação independente.
Além disso, três instituições chinesas foram integradas à rede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), elevando os padrões laboratoriais à referência internacional. A divulgação de dados também avançou. A população pode acessar os resultados por meio do Relatório sobre o Estado do Meio Ambiente Ecológico da China e do site oficial do ministério.
Fonte: ST Daily
Tradução: Mei Zhen Li
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