Economia

Guangdong, Zhejiang e outras regiões da China alcançam novos marcos de PIB em 2024

Guangdong PIB 2024
Fonte da imagem: Li Jiale/ Xinhua

O Produto Interno Bruto (PIB) da província de Guangdong ultrapassou 14 trilhões de yuans (US$ 1,9 trilhão) em 2024, estabelecendo um novo recorde nacional e consolidando sua posição como a maior potência econômica da China. As províncias de Zhejiang, Hubei, Anhui e a Região Autônoma Uigur de Xinjiang também atingiram patamares históricos.

Guangdong manteve-se como a província chinesa com a maior economia pelo 36º ano consecutivo, registrando um PIB de 14,1 trilhões de yuans (US$ 1,9 trilhão), de acordo com os dados econômicos recentemente divulgados pelas 31 regiões de nível provincial da China. Nos últimos cinco anos, a economia da província superou consistentemente a marca de 10 trilhões de yuans (US$ 1,3 trilhão) anualmente.

A província de Jiangsu, no leste do país, ficou em segundo lugar com um PIB de 13,7 trilhões de yuans (US$ 1,8 trilhão), um aumento de 608,4 bilhões de yuans (US$ 83,7 bilhões) em relação ao ano anterior. A província de Shandong, também no leste, ocupou a terceira posição com 9,8 trilhões de yuans (US$ 1,3 trilhão), seguida por Zhejiang, que alcançou 9 trilhões de yuans (US$ 1,2 trilhão).

No total, 11 regiões de nível provincial, incluindo Sichuan, Fujian, Xangai, Anhui, Hunan, Henan e Hubei, registraram PIBs acima de 5 trilhões de yuans (US$ 688 bilhões), contribuindo juntas com 64% da produção econômica nacional.

Outras sete províncias e municípios, como Pequim, Hebei, Shaanxi e Liaoning, tiveram PIBs variando entre 3 trilhões de yuans (US$ 413 bilhões) e 5 trilhões. Nove regiões, incluindo a Região Autônoma Zhuang de Guangxi, o município de Tianjin e a província de Heilongjiang, registraram PIBs entre 1 trilhão de yuans (US$ 138 bilhões) e 3 trilhões.

As menores economias foram as das províncias de Hainan, Ningxia, Qinghai e da Região Autônoma do Tibete, todas com PIB inferior a 1 trilhão de yuans.

Crescimento e tendências

As regiões autônomas do Tibete e de Xinjiang registraram os maiores crescimentos anuais, com taxas de 6,3% e 6,1%, respectivamente. Chongqing, a Região Autônoma da Mongólia Interior e a província de Gansu também apresentaram crescimentos significativos, variando entre 5,7% e 5,8%, embora suas economias ainda sejam relativamente pequenas. Por outro lado, devido à baixa participação do setor manufatureiro, as províncias de Yunnan, Guangxi e Qinghai tiveram taxas de crescimento abaixo da média nacional.

O crescimento foi especialmente forte nas províncias econômicas do leste da China, particularmente na região do Delta do Rio Yangtzé, impulsionado pelo desenvolvimento robusto da indústria manufatureira, do comércio exterior e do consumo interno. Jiangsu e Anhui registraram expansão de 5,8% em relação ao ano anterior, enquanto Zhejiang cresceu 5,5% e Xangai, 5%. Juntas, essas regiões acumularam um PIB de 32,7 trilhões de yuans (US$ 4,5 trilhões).

Metas para 2025

A maioria das províncias com grandes economias estabeleceu metas de crescimento de 5% ou mais para 2025, conforme indicado nos relatórios de trabalho dos governos regionais divulgados durante as recentes “Duas Sessões”, os encontros anuais dos órgãos políticos e legislativos locais.

Guangdong pretende crescer cerca de 5%, enquanto Jiangsu e Shandong estabeleceram metas superiores a 5%. Zhejiang e Henan projetam crescimento em torno de 5,5%, enquanto Sichuan almeja um crescimento superior a 5,5%.

O Tibete é a região mais ambiciosa, com uma meta de crescimento superior a 7%, podendo chegar a 8%. A província de Hainan estabeleceu uma meta de crescimento acima de 6%, enquanto Chongqing, Xinjiang, Hubei e a Mongólia Interior fixaram objetivos próximos de 6%.

Tradução: Mei Zhen Li
Fonte:Yicai Global