Economia

Como o BRICS se tornou uma força econômica e política no cenário internacional

BRICS
Fonte da imagem: Zhang Yudong/ Xinhua

O termo “BRIC” foi usado pela primeira vez em 2001, pelo economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’Neill, para se referir às economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia e China como potenciais agentes de crescimento econômico global. Posteriormente, em 2010, a África do Sul se juntou ao grupo, tornando-se o BRICS.

O principal objetivo do BRICS é fortalecer a cooperação econômica e política entre essas nações e aumentar sua influência no cenário internacional. Para atingir esses objetivos, o grupo criou mecanismos financeiros alternativos aos dominados pelas nações desenvolvidas, tais como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR). Essas instituições apoiam projetos de infraestrutura e assistência a países que enfrentam dificuldades econômicas.

O BRICS se tornou uma força econômica e política no cenário internacional devido ao seu rápido crescimento econômico e influência global crescente. Juntos, os países do BRICS representam cerca de 17% do comércio global e aproximadamente um terço do PIB mundial.

Apesar das diferenças culturais, políticas, geográficas e de desenvolvimento humano entre seus membros, o grupo enfrenta desafios comuns, como desigualdade social, pobreza, corrupção, poluição e dependência de commodities. Porém, o BRICS está empenhado em superar esses obstáculos e se consolidar como uma força econômica e política global.

Uma das principais áreas de abordagem do BRICS é a cooperação econômica, que inclui a promoção do comércio mútuo, investimentos em projetos conjuntos e o fomento à estabilidade financeira global. Isso inclui o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), anteriormente conhecido como Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com a finalidade de financiar projetos de infraestrutura em nações em desenvolvimento.

Nos últimos anos, a relação entre dois membros fundadores do BRICS, Brasil e China, vem sendo percebida como uma parceria estratégica em ascensão, com o potencial de contribuir para o desenvolvimento econômico e social de ambos os países, bem como para a estabilidade regional.

Em 2023, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma visita à China e assinou 15 acordos destinados a fortalecer a cooperação entre as duas nações em diversas áreas, como comércio, indústria, comunicação, inovação, pesquisa e tecnologia. O objetivo é diversificar os investimentos e ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países.

BRICS reúne novos países membros para cooperação global

Em um esforço para expandir ainda mais sua influência e cooperação, o grupo reuniu seis nações para se juntarem ao BRICS: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A formalização da entrada desses países está prevista para janeiro de 2024.

A adesão de novos membros pode acarretar implicações políticas significativas, como o fortalecimento da China, enquanto o Brasil poderia perder influência no grupo. No entanto, especialistas apontam que a ampliação do grupo pode fortalecer a sua posição em negociações com economias mais desenvolvidas.

Dessa forma, o Brasil busca diversificar seus investimentos e expandir suas oportunidades de negócios com países emergentes que demonstram um grande potencial de crescimento e consumo, ao mesmo tempo em que almeja aumentar sua participação e influência no BRICS.

 

Créditos: China2Brazil
Imagem principal: Zhang Yudong/ Xinhua

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