Especialistas afirmam que existem amplas perspectivas de colaboração entre a China e os países da Ásia Central nos setores econômico, comercial, de segurança e humanitário, que serão apoiadas pelo relacionamento estável da China com seus vizinhos do Leste Asiático.
A China é o maior parceiro comercial e de investimentos dos cinco países da Ásia Central: Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão. Segundo Ma Bin, pesquisador associado do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade de Fudan, há muito espaço para cooperação em áreas como energia limpa, especialmente em recursos hidroelétricos.
Ma afirmou durante a Cúpula China-Ásia Central em andamento, realizada na província central de Shaanxi, em Xi’an, que já existem várias empresas chinesas envolvidas na construção de projetos hidrelétricos no Tajiquistão e no Quirguistão.
Segundo He Zhenwei, presidente da Associação de Desenvolvimento no Exterior da China, há muitas oportunidades de colaboração nos setores de energia eólica, solar e armazenamento de energia.
O Uzbequistão tem mais de 300 dias de sol por ano, o que o torna particularmente adequado para o desenvolvimento da indústria fotovoltaica. O governo uzbeque introduziu incentivos fiscais e planos de desenvolvimento de longo prazo em energia renovável, e a China possui a tecnologia e a força financeira que os países da Ásia Central necessitam, acrescentou He.
He, que tem acompanhado de perto o relacionamento entre a China e a Ásia Central, destacou que houve muitas colaborações importantes nos últimos anos. Todos esses projetos fornecem uma base sólida para o desenvolvimento econômico local, emprego e industrialização.
Por exemplo, a China Nonferrous Metal Industry construiu a primeira planta de alumínio eletrolítico no Cazaquistão, a Gezhouba Cement estabeleceu uma fábrica de cimento de alta qualidade no país da Ásia Central, e a Jianghuai Automobile construiu uma fábrica de montagem automotiva lá, preenchendo lacunas no cenário industrial.
Quando a ferrovia China-Quirguistão-Uzbequistão for concluída, ela se tornará a rota de frete mais curta da China para a Europa e o Oriente Médio, reduzindo em 900 quilômetros a distância da rota através da Rússia e encurtando o tempo de viagem em sete a oito dias, afirmou He. A economia digital é outro ponto de crescimento para o comércio bilateral no futuro, acrescentou Ma.
No ano passado, foi comemorado o 30º aniversário das relações diplomáticas entre a China e os cinco países da Ásia Central, e o valor do comércio entre as duas regiões aumentou 152 vezes durante esse período, atingindo um recorde de US$ 70,2 bilhões em 2022.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: GOV.CN
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